Subvertendo o cinema com representatividade
Das prateleiras de locadoras para diversos aplicativos, que em minutos fornece seu filme mais antigo até o mais atual, podemos começar com esse ponto essencial de como a indústria cinematográfica cresceu e evoluiu de umas maneira bem significativa. Antes algo que era tão inacessível, hoje está nas palmas das nossas mãos.
E assim surgiu a cultura cinematográfica, que começou sua história na França ao fim do século XIX e desde então vem apresentando diversas mudanças, para atender diversos públicos e gêneros. Nunca foi preciso ser um gênio para notar que a indústria não tinha um foco em representatividade.
Para quem não vê facilmente a diferença, um estudo realizado pela Universidade de Southern, na Califórnia, comprova a falta de espaço enfrentada pelos negros no cinema: Os brancos representavam 70,8% dos papéis com falas, nos cem títulos de maior bilheteria nos cinemas em 2016, enquanto atores negros eram apenas 13,6%.
Um outro bom exemplo também, seria a ilustre atriz Meg Ryan, que seus papéis principais e mais reconhecidos foram do gênero Comédia Romântica, sendo representada por uma “boa moça” que necessita ser feliz com um parceiro Masculino para ser feliz em outras áreas de sua vida. Podemos levar em consideração, que os filmes daquele tempo eram releitura de obras do séculos de 18, coberto de tradições e culturas clássicas.
| Fonte: Mídia Ninja |
O que vemos nas telas se reflete em nossa realidade e percepção, e para comprovar isso, uma pesquisa foi feita em 2011 sobre a influência da televisão na autoestima de crianças. O estudo entrevistou 396 jovens americanos, sobre a maneira que se sentia representados cinematograficamente. Enquanto os meninos brancos viam sua autoestima aumentar após serem expostos a programas televisivos diversificado, crianças negras de ambos os sexos e meninas brancas passavam a ter uma imagem mais negativa de si.
Por mais recente seja essa pesquisa realizada, a narrativa do cinema tem sido transformada com maior apoio do público, trazendo questões sociais em seus discursos, e opinião públicas, e é nítido notar a discrepância de gêneros e a maneira que é dirigido os filmes e séries, um bom exemplo são as produções abaixo:
Atypical
De uma forma descontraída e representativa, a série aborda a rotina e vontades de um jovem autista, como jamais visto antes. A série tem como objetivo principal apresentar o cotidiano e fazer o público entender que por mais que o autista tenha dificuldade para a comunicação e interação social, ele deseja assim como todos nós.
| (via Netflix / dosedeestrela) |
Crisálida
Primeira série brasileira de libras e português, onde Alan e Valentina são um casal de surdo (onde apenas um é surdo) enfrenta um grande desafio de criar sua filha ouvinte de quatro anos. A série é brasileira mas infelizmente não teve continuação, está disponível para assistir na Netflix.
| (via Netflix / dosedeestrela) |
Vemos que o público tem participado cada vez mais diante produção de filmes, séries, documentários e até desenhos animados. Cada vez mais o cinema tem buscado trazer o público mais perto. Cansados do mesmo padrões onde o romance só acontece dentro de apenas uma situação, os filmes de ação só tem o mesmo final e não se encaixam nenhum um pouco com a vida real.
Por isso apoiar o cinema, não consumir pirataria, e debater com seu círculo social sobre suas opiniões pessoais, ajuda construir uma cinema mais justo e representativo. E se nós somos o futuro das indústria cinematográfica, qual será o seu filme?



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