Conheça o Projeto Empoderando Refugiadas



Projeto Empoderando refugiadas estreia minidocumentário relatando os desafios das estrangeiras no país
ONU e setor privado promovem integração de refugiadas no mercado ...
Foto:Fillipe Abreu

“Às vezes não entendem porque os outros saem de seu país, não é à toa, saímos porque precisamos continuar a viver.” No minidocumentário Recomeços: sobre Mulheres, Refúgio e Trabalho, a africana Lara e mais 9 mulheres apresentam suas narrativas enquanto refugiadas no Brasil. O filme é resultado da segunda edição do Projeto Empoderando Refugiadas que busca proporcionar uma vida digna a quem tanto lutou para sobreviver.

O documentário produzido por Fillipe Abreu e Thays Prado retrata os desafios e conquistas de mulheres em situação de refúgio. Exibido no fim da 2ª edição do Projeto Empoderando Refugiadas (2016/2017), o vídeo contém cerca de 20 minutos, tornando público as percepções e histórias das mulheres contempladas pela iniciativa.
Screenshot do Documentário apresenta a aula entre Razan e a técnica do facebook. / Arte realizada com adobe sparke

Implementado em 2015 no estado de São Paulo, o projeto já teve 4 edições. Organizado pela Rede Brasil do Pacto Global, ACNUR e também pela ONU Mulheres, o Empoderando Refugiadas trabalha com duas vertentes: a orientação das mulheres e a conscientização das empresas. Inicialmente, por meio de encontros específicos, como palestras, treinamentos, workshops e entre outras atividades, a ideia principal busca capacitar profissionalmente as integrantes e evidenciar os seus direitos. O segundo objetivo diz respeito à sensibilização de empresas para contração das refugiadas, visando a integração social dessas mulheres.


“Esse Trabalho é uma nova etapa da minha vida” – afirma Lúcia, da República Democrática do Congo.
Para o projeto, o trabalho é uma forma de empoderamento das cidadãs, haja vista que pode possibilitar a independência financeira. Tendo isto como ponto de partida, a iniciativa conta com diversas parcerias - institucionais e empresariais, como por exemplo, a Rede Caritas de São Paulo, Consulado da Mulher, Grupo Mulheres do Brasil, Facebook, Carrefour, Sodexo e Lojas Renner.
Mulheres assistem a Workshop/ Foto: Fillipe Abreu/ Arte realizada com Adobe Sparke

A Síria Razan, uma das participantes, narra empolgada a experiência. A mulher teve contato direto com o Facebook para aprender utilizar as ferramentas da rede social, com o objetivo de engajar seu negócio. Razan comercializa comidas árabes para festas e eventos, feitas por ela mesma. O depoimento da síria compara o antes, o depois e o impacto do projeto em sua vida: “eu não podia sair de casa, não podia ter amigos, não podia ficar com meu dinheiro. Agora, tudo pode. Eu saio, tenho amigas, eu tenho meu dinheiro, eu trabalho. Tudo agora pode. Eu estou livre”.

Dados Gráficos: a situação dos refugiados no Brasil

Em suas últimas edições o Empoderando Refugiadas trouxe uma novidade. O Portal das Nações Unidas demonstrou que há um novo quadro de refugiadas no Brasil, surgindo a necessidade de ampliar a ação para outros lugares, como é o caso de Roraima. Sendo assim, o projeto se prontificou em abrir uma turma no estado, alcançando mais 30 mulheres. Segundo a ACNUR, em 2018, Roraima esteve entre os estados com mais solicitações de refúgio: 50.770.

Os dados sobre refúgio no Brasil ainda se estende um pouco mais. O Deus me Frida organizou um infográfico para apresentá-los: 



Outros que você pode gostar!

0 O que as pessoas dizem...