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Os atentados constantes contra a vida feminina: entre números e narrativas

A construção histórica do Brasil trouxe um corpo patriarcal para a sociedade. Esse sistema consiste na dominação dos homens sobre as mulheres e apesar de causar diversos impactos negativos desde a fundação do país, ainda afeta diversas áreas até hoje. Nesse contexto, as mulheres são as mais tocadas, sendo alvo constante de violência, caracterizando essa parcela da população como vulneráveis socialmente.

De modo geral, a agressividade afeta o universo feminino de maneiras variadas, desde o âmbito doméstico até o psicológico. Tendo isso em vista, os atos desencadeiam traumas irreparáveis, incluindo a morte. Segundo os dados do Atlas da Violência de 2019, o número de mulheres mortas dentro de casa cresceu 17,1% entre os anos de 2012 e 2017. O recorte racial dessa mesma pesquisa aponta que a taxa de homicídio de mulheres negras cresceu 29%, entre 2007 e 2017.

O Deus Me Frida realizou uma vídeo-reportagem sobre o assunto. Confira:


Comenta com a gente o que achou da reportagem em vídeo.


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Das prateleiras de locadoras para diversos aplicativos, que em minutos fornece seu filme mais antigo até o mais atual, podemos começar com esse ponto essencial de como a indústria cinematográfica cresceu e evoluiu de umas maneira bem significativa. Antes algo que era tão inacessível, hoje está nas palmas das nossas mãos.

E assim surgiu a cultura cinematográfica, que começou sua história na França ao fim do século XIX e desde então vem apresentando diversas mudanças, para atender diversos públicos e gêneros. Nunca foi preciso ser um gênio para notar que a indústria não tinha um foco em representatividade.

Para quem não vê facilmente a diferença, um estudo realizado pela Universidade de Southern, na Califórnia, comprova a falta de espaço enfrentada pelos negros no cinema: Os brancos representavam 70,8% dos papéis com falas, nos cem títulos de maior bilheteria nos cinemas em 2016, enquanto atores negros eram apenas 13,6%.

Um outro bom exemplo também, seria a ilustre atriz Meg Ryan, que seus papéis principais e mais reconhecidos foram do gênero Comédia Romântica, sendo representada por uma “boa moça” que necessita ser feliz com um parceiro Masculino para ser feliz em outras áreas de sua vida. Podemos levar em consideração, que os filmes daquele tempo eram releitura de obras do séculos de 18, coberto de tradições e culturas clássicas.


Fonte: Mídia Ninja


O que vemos nas telas se reflete em nossa realidade e percepção, e para comprovar isso, uma pesquisa foi feita em 2011 sobre a influência da televisão na autoestima de crianças. O estudo entrevistou 396 jovens americanos, sobre a maneira que se sentia representados cinematograficamente. Enquanto os meninos brancos viam sua autoestima aumentar após serem expostos a programas televisivos diversificado, crianças negras de ambos os sexos e meninas brancas passavam a ter uma imagem mais negativa de si.

Por mais recente seja essa pesquisa realizada, a narrativa do cinema tem sido transformada com maior apoio do público, trazendo questões sociais em seus discursos, e opinião públicas, e é nítido notar a discrepância de gêneros e a maneira que é dirigido os filmes e séries, um bom exemplo são as produções abaixo:

Atypical

De uma forma descontraída e representativa, a série aborda a rotina e vontades de um jovem autista, como jamais visto antes. A série tem como objetivo principal apresentar o cotidiano e fazer o público entender que por mais que o autista tenha dificuldade para a comunicação e interação social, ele deseja assim como todos nós.

(via Netflix / dosedeestrela)

Crisálida

Primeira série brasileira de libras e português, onde Alan e Valentina são um casal de surdo (onde apenas um é surdo) enfrenta um grande desafio de criar sua filha ouvinte de quatro anos. A série é brasileira mas infelizmente não teve continuação, está disponível para assistir na Netflix.

(via Netflix / dosedeestrela)

Vemos que o público tem participado cada vez mais diante produção de filmes, séries, documentários e até desenhos animados. Cada vez mais o cinema tem buscado trazer o público mais perto. Cansados do mesmo padrões onde o romance só acontece dentro de apenas uma situação, os filmes de ação só tem o mesmo final e não se encaixam nenhum um pouco com a vida real.

Por isso apoiar o cinema, não consumir pirataria, e debater com seu círculo social sobre suas opiniões pessoais, ajuda construir uma cinema mais justo e representativo. E se nós somos o futuro das indústria cinematográfica, qual será o seu filme?


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Hoje o assunto do Podcast do Deus Me Frida é sobre o jornalismo. Esse assunto tão plural e amplo contou com a participação da Raisa Cavalcante, uma recém formada em jornalismo que nos acompanhou nesse bate-papo sobre a profissão.
Entre sonhos, realizações e expectativas, abrimos um espacinho pra falar também sobre os principais desafios. Conversamos sobre o cenário atual do jornalismo, as represálias e descredito que os profissionais vêm enfrentando, mercado de trabalho, fake news e muito mais. Chegamos a conclusão de que no caminho do jornalismo “tinha” uma pedra. Ou será que ainda tem?! Vem conferir!



Participação: Raisa Cavalcante
Trilha Sonora: Deus me Frida



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A gravidez na adolescência é tema de inúmeras discussões sociais, educacionais e até mesmo morais, o que continua trazendo às jovens enormes cargas de julgamento, pressão e medo. Além de expor todo o tabu acerca do sexo, ainda presente na sociedade.


Uma imagem contendo pessoa, mulher, menina, livro

Descrição gerada automaticamente
Foto: Getty

Buscando compreender um pouco mais sobre como uma adolescente enfrenta tudo isso, conversamos com Tábata Maciel Alves, hoje com 19 anos mas que aos 17 se viu em meio a esse impasse.

Como lidou com as incertezas de criar uma criança e quais eram suas perspectivas?
“No começo eu fiquei em pânico e com muito medo, mas acho que esse medo todo era por conta do julgamento das pessoas. Eu demorei muito para aceitar a gravidez, só fui aceitar quando eu soube o sexo do bebê. Eu chorava todos os dias.”

Qual foi a reação da sua família?
“No começo foi bem difícil, todos ficaram bem tristes porque eu tinha 17 anos e nem tinha terminado o ensino médio. Tinha planos de começar a faculdade e logo em seguida fazer intercâmbio, então meio que foi uma decepção. “

Nós do Deus me Frida, pesquisamos sobre as alterações no número de casos nos últimos anos, conforme infográfico abaixo. Apesar da diminuição, os casos ainda acontecem em considerável número.

Infográfico realizado com Canva

Mesmo com acesso mais fácil às informações, o que ajudaria na prevenção dos casos, os jovens ainda enfrentam barreiras morais que dificultam a busca por instrução sobre o tema. Outro problema acontece quando a gravidez já está em curso e questões psicológicas que surgem nesse momento são muitas vezes ignoradas.

Visando a compreender se uma adolescente tem a mesma estrutura emocional de uma adulta ao lidar com a carga de ser mãe, ouvimos a psicóloga Ornella Pavani, que teve experiência atendendo a adolescentes e hoje em dia atua no atendimento de adultos.

Segundo Pavani, a adolescência é uma fase de muitas mudanças e descobertas, não só emocionais mas também físicas. A psicóloga segue pontuando que a responsabilidade de gerar um filho associada ao ciclo de desenvolvimento natural das garotas na adolescência torna as coisas ainda mais difíceis. E levantou o ponto de que “A cabeça fica tomada por um mix de emoções. Como vai ser agora? Como é cuidar de um outro ser?” As jovens enfrentam suas novas realidades por vezes sem nenhum tipo de auxílio psicológico e emocional. É como se o fato de ainda serem adolescentes fosse desconsiderado assim que se tornam mães.
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ATENÇÃO: ESSA MATÉRIA CONTÉM SPOILERS SOBRE A PRIMEIRA TEMPORADA DE  “EU NUNCA”!

Amiga, está preparada para mais essa? A nova série da Netflix está fazendo o maior sucesso e dando o que falar!  “Eu nunca…” é uma série inspirada na juventude da atriz Mindy Kaling. A trama retrata a vida de Devi (Maytreyi Ramakrishnan), uma jovem indiana que ainda criança se mudou para o Estados Unidos junto com seus pais. Atualmente no ensino médio,  a garota se esforça para superar  uma repentina paralisia e a morte trágica de seu pai, para isso, Devi conta com a ajuda de suas amigas Fabiola (Lee Rodriguez) e Eleonor (Ramona Young). Determinada em  tornar-se popular e chamar a atenção do ‘boy’ mais gato da escola Paxton (Darren Barnet), Devi acaba se metendo em várias confusões, além de ter que  aprender a lidar com as questões impostas por sua religião. Vamos acompanhar a vida  de uma adolescente tentando enfrentar  um grande trauma emocional e todos os dramas comuns da idade.

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Além de abordar temas importantes referentes a protagonista, a produção da série teve uma grande preocupação em tratar de  questões delicadas envolvendo os demais personagens, como por exemplo a Fabiola, uma aluna genial que ao desenrolar da série acaba se questionando sobre sua sexualidade e tendo dificuldades em lidar com seus sentimentos e de se assumir para as pessoas que ama. Eleonor por outro lado é uma ótima atriz mas usa o teatro para suprir a falta que sente de sua mãe,  que a abandonou ainda criança para construir carreira na mesma profissão. Paxton  apesar de ser o garoto mais gato e popular da trama se mostra um jovem cheio de inseguranças, principalmente quando se trata de sua irmã Rebeca (Lily D. Moore). Também tivemos a chance de conhecer um pouco mais a história do Ben (Jaren Lewison), ainda que no início da série tenha se mostrado totalmente esnobe e o grande rival de Devi, podemos ver em um episódio específico que tudo isso se deve ao fato de se sentir sozinho por conta da ausência de seus pais, que sempre estão viajando a trabalho...Mas fala sério, impossível não ter um ‘crush’ no Ben, né?

Sem dúvidas os personagens da série foram muito bem construídos, incluindo o núcleo familiar de Devi, como a Nalini (Poorna Jagannathan), mãe da garota que embora muito rígida com a filha, se preocupa muito e compartilha do mesmo sofrimento de ter perdido seu marido precocemente, além de fazer de tudo para que Devi se entenda melhor com a cultura indiana. Por fim, não podemos esquecer de Kamala (Richa Moorjani), a prima  “perfeitinha” de Davi que além de chamar atenção por sua beleza e inteligência é muito devota a sua religião, porém entra em um conflito consigo mesma quando sua família  quer que ela tenha um casamento arranjado como faz parte dos costumes da cultura indiana. A trama também contou com algumas  participações especiais, como o tenista John McEnroe que narra a série de forma hilária , Andy Samberg e Jake Peralta de Brooklyn Nine-Nine.

 


Que a série já é um sucesso no mundo todo não podemos negar, só no Brasil ficou no Top 10 Brasil do streaming. O site americano Rotten Tomatoes mostrou que o índice de aprovação da série foi de 100% pela crítica  com 3, 4 e 5 estrelas. Allison Shoemaker do site RogerEbert.com, destaca que a série é “uma comédia que também é uma exploração incrível do luto”. Ainda de acordo com a crítica do site IndieWire "quando Ramakrishnan está junto com Ramona Young e Lee Rodriguez como as melhores amigas Eleonor e Fabiola, respectivamente o trio tem o mesmo brilho de um filme de John Hughes". Isso é o que podemos chamar de poder né ‘mores’?

    
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Veja a reação de alguns internautas ao assistirem a série:







Sem dúvidas “eu nunca” é uma trama cheia de representatividade, um dos principais pontos abordados foi o fato de Devi fazer terapia, assunto que ainda é considerado um tabu e foi representado muito bem pela protagonista que apresenta uma certa relutância em entender como ela funciona e como pode ajudar a sua saúde mental. Outro ponto muito importante é a série falar abertamente sobre sexo e tratar do assunto de um modo totalmente natural, mostrando a vontade de Devi em transar e suas inseguranças por ser inexperiente no assunto . Isso fez com que “eu nunca” fosse muito comparada a outra série de sucesso da Netflix “Sex Education”.

Com a trama  podemos aprender um pouco mais sobre os costumes indianos e como a devoção a religião pode afetar a imagem de uma família tradicional e temos de exemplo  a Kamala, que mesmo tendo adoração por sua cultura namora escondido e não quer abrir mão de sua independência para ter um casamento arranjado. Por último mas não menos importante é o enredo da série: ao tratar de questões como orientação sexual perante a  uma família  heteronormativa e personagens com síndrome de down, mostrando que independente da aparência ou personalidade o mundo te oferece uma série de oportunidades.




Para nossa tristeza “eu nunca” é uma trama curta com apenas 10 episódios de 30 minutos e terminou com assuntos pendentes e nós do Deus Me Frida listamos aqui seis motivos para a dona Netflix renovar a série para a 2ª temporada:

1) Triângulo de Davi, Paxton e Ben
Como  bem sabemos, Davi é apaixonada por Paxton e faz de tudo para chamar  a atenção do ‘boy’. Ao decorrer da série vemos que os dois tem uma interação muito boa um com o outro, o que de certa forma ajudou a desabrochar os sentimentos do Ben por Davi e queremos saber qual vai ser o desfecho desse triângulo amoroso. <3 o:p="">

2) Amizade com Eleonor e Fabiola
As atitudes de Davi para superar seu grande trauma emocional e finalmente conquistar Paxton acabaram a afastando de suas amigas, que se sentiram excluídas da vida da garota. O final da série deixa em aberto uma possível reaproximação entre elas, principalmente depois que Davi sente as consequências de seus atos sobre as amigas.
              
3) Relacionamento de Fabiola e Eve
Ao se assumir gay para familia e amigos, Fabiola revela seu ‘crush’ em Eve e podemos ver uma interação muito boa entre as duas. Queremos muito saber como vai desenrolar essa relação e saber um pouco mais sobre a personagem Eve.

4) A volta de Eleonor ao teatro
Ao se decepcionar mais uma vez com a mãe, Eleonor desiste da peça onde seria a protagonista. No último episódio ficamos com a esperança de uma possível volta  da atriz aos palcos, será que ela consegue superar seus anseios e finalmente voltar a fazer o que mais ama?

5) Ida para a Índia
Nos últimos episódios vemos Nalini revelando para a filha que quer voltar para Índia já que não está conseguindo a educar sem o Mohan (Sendhil Ramamurthy), gerando revolta em Davi que acaba fugindo de casa para evitar que isso aconteça . Como vai ficar essa situação na 2ª temporada, será que Nalini vai realmente se mudar para a Índia contra a vontade da filha?

6) Relação de Davi e Nalini
Depois do último episódio emocionante que vimos de Davi e Nalini se reconciliando e finalmente se despedindo de Mohan, queremos saber como vai ficar a relação delas depois desse final bem doloroso. Será que as duas finalmente vão se entender? Como Nalini vai reagir ao possível namoro de Davi? Se prepara amiga, porque o choro vem rsrs

Por favor, Netflix! Pecisamos urgentemente de uma segunda temporada. 🙏





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FOTO: RACE FANS
O automobilismo sempre foi uma das práticas esportivas mais emocionantes e competitivas do mundo. Grandes pilotos fizeram história atrás do volante e são enaltecidos até hoje. Os primeiros registros de corridas envolvendo veículos constam que o automobilismo se iniciou na Europa, a partir da segunda metade do século XIX, pouco depois da invenção do motor a combustão. Na época eram realizados “rachas” que envolviam carros a vapor e movidos à gasolina. Competições em pequena escala eram disputadas, até que em 1906 foi criado o primeiro Grande Prêmio da história que aconteceu em Le Mans, na França.

Após a Segunda Guerra Mundial, houve um grande salto na indústria automobilística, fazendo com que o automobilismo atingisse proporções cada vez maiores. Em 1950 foi criada a Fórmula 1, maior competição automotiva do mundo, a fim de unir todas as corridas de Grand Prix em uma só competição mundial.

Desde então, a disputa dos corredores traz alegria aos espectadores, que torcem, comemoram e se emocionam a cada volta, a cada título, a cada vitória. Muitos pilotos deixaram suas marcas na história do automobilismo e tornaram-se ídolos, como o alemão Michael Schumacher, Juan Manvel Fangio, Alain Prost e até mesmo os brasileiros Nelson Piquet e Ayrton Senna, que é considerado por muitos, um dos melhores pilotos da história.

Apesar de ser um dos esportes mais populares do mundo, o automobilismo é um dos mais caros, pois envolve alta tecnologia para a fabricação de carros apropriados para as corridas, fazendo com que exista muita comercialização, envolvendo muitos fabricantes, engenheiros, mídia e principalmente patrocinadores. Toda essa complexidade exige alto investimento na formação de pilotos. Para construir uma carreira no automobilismo, precisa ter um bom poder aquisitivo ou então contar com a sorte de um apadrinhador que queira investir. Talvez esse seja o maior obstáculo que as mulheres enfrentam na tentativa de ingressar no esporte.
Foto: Razão Automóvel 
Para muitos, mulher e direção não combinam. Esse pensamento arcaico está enraizado em uma sociedade tomada pelo machismo estrutural, impedindo as mulheres de assumirem determinadas posições que são vistas como exclusivas para os homens. As mulheres sempre precisaram lutar para conquistar seu espaço, tanto nas funções sociais quanto no esporte. Por muito tempo foram proibidas de praticar algumas modalidades e isso acarretou um enorme atraso na corrida pela igualdade.

Foto:ACP
Ao longo da história, pouquíssimas mulheres tiveram o prazer de estar atrás do volante em algumas competições importantes. Em 1958, após ser vice-campeã de carros de turismo, Maria Teresa de Filippis foi convidada pela Maserati para disputar a Fórmula 1, tornando-se a primeira mulher a disputar um Grande Prêmio no mundo. Infelizmente, nesse mesmo ano, foi impedida de correr o GP da França, pois o diretor de provas daquela época alegou que “o único capacete que uma mulher tão bonita deveria usar, era o do salão de cabeleireiro”, deixando explícito o preconceito existente no meio automobilístico.

Além de Filippis, algumas outras mulheres adentraram em grandes torneios, como Lella Lombardi em 1975, que conquistou o melhor resultado de uma mulher na F1, mais precisamente no GP da Espanha. Divina Galica e Desirée Wilson também competiram a modalidade e por fim, Giovanna Amati foi o último nome feminino inscrito em uma corrida de Fórmula 1, em 1992. Desde então nenhuma outra mulher conseguiu ocupar uma das 20 posições da maior competição automobilística do mundo.

Entretanto, a história das mulheres no esporte a motor possui mais nomes. Em 1982, Michele Mouton foi vice-campeã mundial de Rali, já em 2001 Jutta Kleinschmidt venceu o Rali Paris-Dakar e a única mulher a vencer uma corrida na Fórmula Indy foi Danica Patrick, que também conquistou a pole-position da Nascar, algo nunca alcançado antes por uma mulher. Algumas brasileiras também desfrutaram do cenário automotivo e adicionaram mais realizações femininas ao esporte, como Suzane Carvalho, Débora Rodrigues, Bia Figueiredo, entre outras.
Foto: Roma News // Na imagem a pilota Beatriz Figueiredo

Existem muitos relatos de que havia um perverso preconceito que, além de causar desconforto, colocava suas carreiras em risco, já que muitas vezes os pilotos realizavam manobras para colocar o carro fora da pista, a fim de eliminar as competidoras. Algumas equipes distribuíam equipamentos inferiores para as mulheres, havia muitas piadas de mal gosto e infelizmente eram obrigadas a ouvir com frequência a expressão “perder para mulher é vergonhoso”.

Atualmente temos exemplos desse tipo de discriminação quando o consultor de equipe da Red Bull, Helmut Marko, diz ao jornal Kleine Zeitung que "A Fórmula 1 é muito física para as mulheres". "Se você está pilotando a 300 km/h e tem uma luta roda a roda, então a brutalidade é parte disso, não sei se isso é da natureza feminina. Você tem de estar em forma na Fórmula 1 e precisa de uma força insana desde o ombro”. Segundo ele, as mulheres não têm capacidade de competir devido a força exigida pelo esporte e isso não faz parte da natureza feminina. Evidenciando mais ainda a rejeição que existe na elite do automobilismo.

Apesar dos grandes feitos realizados por elas, a ausência das mulheres no automobilismo ainda é muito evidente. Não se pode negar que nos últimos anos o cenário vem melhorando, entretanto ainda há muito a ser reparado. É possível acompanhar algumas competidoras que se arriscam em determinadas categorias, como o caso da brasileira Beatriz Figueiredo, que atualmente corre na Stock Car. Bia também obteve outros grandes sucessos na carreira, sendo a primeira mulher no mundo a conquistar o pódio mais alto na Fórmula Renault e em uma corrida da Indy Lights, além de se tornar a primeira brasiliana a disputar as famosas 500 Milhas de Indianápolis, que é uma das mais tradicionais e importantes corridas do mundo.





LOGO WSERIES

Em 2019 houve um enorme avanço pelo fato da criação da W-Series, um campeonato de fórmula exclusivo para mulheres, formado por seis corridas e conta com 20 participantes. O primeiro título da W Series foi conquistado pela britânica Jamie Chadwick, de 21 anos. Além disso, a competição deu mais um salto quando fechou contrato de patrocínio com a Rokit Phones, uma grande empresa de comunicação que patrocina também a Fórmula E e a equipe Willians da Fórmula 1.


FOTO: GLOBO ESPORTE // Primeiro título da W Series, conquistado por Jamie Chadwick. 
Contudo, o desenvolvimento de uma categoria somente feminina não agrada a todos, já que o ideal e justo, seria incluí-las para competir de maneira equivalente, junto com os homens, em categorias iguais e mesmas competições. Porém, é vista para alguns como um passo dado em busca de mais reconhecimento e visibilidade, além de representar mais uma conquista das mulheres no mundo automobilístico.

Hoje, são vistas como inspiração e exemplo para todas as mulheres que sonham em fazer parte do automobilismo, como a jovem catarinense Bruna Tomaselli, que corre pela USF2000 nos Estados Unidos e está tentando uma vaga no grid da W-Series.

Todas as mulheres que fazem parte da história feminina no automobilismo, são consideradas guerreiras por enfrentarem todos os obstáculos existentes em um universo repleto de hostilidade.

Literalmente é uma corrida pela igualdade, por mais visibilidade, mais apoio e aceitação. Não somente no automobilismo, mas em muitas outras modalidades esportivas. As mulheres estão em uma constante luta para conquistar seu espaço. Muito já foi feito, mas ainda é necessário muito mais, uma reparação histórica, o mundo deve isso a elas.



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Projeto Empoderando refugiadas estreia minidocumentário relatando os desafios das estrangeiras no país
ONU e setor privado promovem integração de refugiadas no mercado ...
Foto:Fillipe Abreu

“Às vezes não entendem porque os outros saem de seu país, não é à toa, saímos porque precisamos continuar a viver.” No minidocumentário Recomeços: sobre Mulheres, Refúgio e Trabalho, a africana Lara e mais 9 mulheres apresentam suas narrativas enquanto refugiadas no Brasil. O filme é resultado da segunda edição do Projeto Empoderando Refugiadas que busca proporcionar uma vida digna a quem tanto lutou para sobreviver.

O documentário produzido por Fillipe Abreu e Thays Prado retrata os desafios e conquistas de mulheres em situação de refúgio. Exibido no fim da 2ª edição do Projeto Empoderando Refugiadas (2016/2017), o vídeo contém cerca de 20 minutos, tornando público as percepções e histórias das mulheres contempladas pela iniciativa.
Screenshot do Documentário apresenta a aula entre Razan e a técnica do facebook. / Arte realizada com adobe sparke

Implementado em 2015 no estado de São Paulo, o projeto já teve 4 edições. Organizado pela Rede Brasil do Pacto Global, ACNUR e também pela ONU Mulheres, o Empoderando Refugiadas trabalha com duas vertentes: a orientação das mulheres e a conscientização das empresas. Inicialmente, por meio de encontros específicos, como palestras, treinamentos, workshops e entre outras atividades, a ideia principal busca capacitar profissionalmente as integrantes e evidenciar os seus direitos. O segundo objetivo diz respeito à sensibilização de empresas para contração das refugiadas, visando a integração social dessas mulheres.


“Esse Trabalho é uma nova etapa da minha vida” – afirma Lúcia, da República Democrática do Congo.
Para o projeto, o trabalho é uma forma de empoderamento das cidadãs, haja vista que pode possibilitar a independência financeira. Tendo isto como ponto de partida, a iniciativa conta com diversas parcerias - institucionais e empresariais, como por exemplo, a Rede Caritas de São Paulo, Consulado da Mulher, Grupo Mulheres do Brasil, Facebook, Carrefour, Sodexo e Lojas Renner.
Mulheres assistem a Workshop/ Foto: Fillipe Abreu/ Arte realizada com Adobe Sparke

A Síria Razan, uma das participantes, narra empolgada a experiência. A mulher teve contato direto com o Facebook para aprender utilizar as ferramentas da rede social, com o objetivo de engajar seu negócio. Razan comercializa comidas árabes para festas e eventos, feitas por ela mesma. O depoimento da síria compara o antes, o depois e o impacto do projeto em sua vida: “eu não podia sair de casa, não podia ter amigos, não podia ficar com meu dinheiro. Agora, tudo pode. Eu saio, tenho amigas, eu tenho meu dinheiro, eu trabalho. Tudo agora pode. Eu estou livre”.

Dados Gráficos: a situação dos refugiados no Brasil

Em suas últimas edições o Empoderando Refugiadas trouxe uma novidade. O Portal das Nações Unidas demonstrou que há um novo quadro de refugiadas no Brasil, surgindo a necessidade de ampliar a ação para outros lugares, como é o caso de Roraima. Sendo assim, o projeto se prontificou em abrir uma turma no estado, alcançando mais 30 mulheres. Segundo a ACNUR, em 2018, Roraima esteve entre os estados com mais solicitações de refúgio: 50.770.

Os dados sobre refúgio no Brasil ainda se estende um pouco mais. O Deus me Frida organizou um infográfico para apresentá-los: 



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A obra recontará a história de “Crepúsculo” sob a perspectiva de Edward Cullen

Edward Cullen e Bella Swan (Foto: Divulgação do filme)



15 anos após o lançamento de Crepúsculo, primeiro livro da série de sucesso mundial escrita por Stephenie Meyer, a autora surpreende os fãs ao anunciar uma nova história derivada do best-seller, intitulada “Midnight Sun”. O livro estará disponível para venda física e digital nos Estados Unidos a partir do dia 4 de agosto e recontará a já conhecida história de amor entre Bella Swan e Edward Cullen, dessa vez sob a perspectiva do vampiro.

Vale lembrar que inicialmente Meyer planejava publicar “Midnight Sun” em meados de 2008, ideia que foi deixada de lado após uma cópia de seu manuscrito, ainda não finalizado até aquele momento, ter sido vazada. O que rendeu a ela várias críticas com relação a história, além de desmotivá-la para a continuação. A situação acabou quando a autora publicou um manuscrito não-editado em resposta aos ataques. Desde então os fãs da saga enfrentavam uma espera interminável pelo lançamento.

Antes mesmo da confirmação do livro, diversas especulações surgiram nas redes sociais, isso porque o site oficial da autora iniciou uma contagem regressiva misteriosa. Vários fãs começaram a questionar sobre se o livro finalmente ganharia uma data de lançamento, já que, muitos deles esperaram muito tempo por isso.

Ao fim da contagem veio o anúncio, seguido pela divulgação da capa do livro e por uma nota destinada aos fãs, conforme trecho traduzido abaixo:



“Caros amigos e leitores,
Antes de tudo, espero que você e sua família estejam todos seguros, saudáveis ​​e em um bom lugar. Essa é a principal coisa. Segundo, estou feliz em anunciar que o Midnight Sun está finalmente (muito perto de) pronto! E estará nas livrarias em 4 de agosto. 
Espero que este anúncio não pareça errado. Eu realmente pensei em adiar o lançamento até que o mundo voltasse ao normal. No entanto: 1) quem sabe quando será? E 2) vocês já esperaram tempo suficiente. Na verdade, muito mais tempo do que o suficiente.
Trabalhar em um livro por mais de treze anos é uma experiência estranha. Eu não sou a mesma pessoa que eu era. Meus filhos cresceram. Minhas costas ficaram estranhas. O mundo é um lugar diferente. Só posso imaginar todas as coisas que mudaram para vocês. Mas completar Midnight Sun me trouxe de volta aqueles primeiros dias de Crepúsculo, quando eu conheci muitos de vocês. Nós nos divertimos muito, não é? (...)
Espero que, voltando ao início da história de Bella e Edward, vocês também se lembrem de toda essa diversão. Espero ver todos vocês em breve! "



Para a alegria dos fãs brasileiros, a editora Intrínseca, responsável pela tradução e disponibilização nacional dos livros da saga, anunciou por meio de suas redes socais que fará o lançamento simultâneo da obra no Brasil. O título traduzido para o português será “Sol da meia-noite” e o livro contará com 736 páginas, sendo vendido por R$59,90 no modelo físico e R$ 39,90 no formato digital.

Após o anúncio feito pela autora, as redes sociais da editora foram tomadas por pedidos para a disponibilização do livro em território nacional o mais breve possível. A definição do lançamento simultâneo fez com que os fãs da saga agradecessem de formas bem divertidas e empolgadas.





(Print: twitter - acesso em 15 de maio de 2020)




Diante de toda a euforia que esse lançamento vem causando nas redes sociais, nós do Deus me Frida resolvemos relembrar um pouquinho dessa história para te ajudar a matar a saudade enquanto o novo livro não chega às bancas. Antes de começarmos, não podemos deixar de citar Stephenie Meyer. Afinal, quem é a autora por trás desse sucesso e o que a inspirou a escrevê-lo?


A autora Stephenie Meyer durante um evento / Imagem: Getty



Stephenie Meyer é uma autora norte-americana nascida em 24 de dezembro de 1973 na cidade de Hartford, Connecticut. Ficou mundialmente conhecida por sua série best-seller “Crepúsculo”, com a qual atingiu a marca de mais de 120 milhões de cópias vendidas. Além dos livros da saga, também possui outras produções de grande sucesso, como por exemplo: A hospedeira. Como se não bastasse, a autora já foi considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista “Time”.

A ideia para a série de livros veio à cabeça de Meyer durante um sonho em 2 de junho de 2003 – sim, ela se recorda da data do sonho- situação que é contada com detalhes em seu site oficial e em várias das convenções das quais participou. No sonho da autora, duas pessoas estavam tendo uma conversa numa campina ensolarada. Uma delas era uma garota comum e a outra era um homem fantasticamente bonito e brilhante, na verdade, um vampiro. Eles discutiam sobre as dificuldades acerca do relacionamento que por um lado tinha ambos se apaixonando mas por outro, o vampiro particularmente atraído pelo perfume do sangue dela.


Senta que lá vem história

Bella Swan é uma garota tímida que se muda para Forks, uma cidadezinha pitoresca de clima nublado e chuvoso localizada no interior de Washinton D.C. A garota tentar se adaptar a nova cidade, escola e a morar com seu pai, com quem nunca convivera antes. O que ela não poderia imaginar é que em seu caminho encontraria Edward Cullen.

Logo em seu primeiro dia de aula, Bella se encanta por Edward, um misterioso e reservado garoto de sua escola. A primeiro momento, ele é hostil à presença dela – o que a deixa extremamente inquieta e pensativa. Com o passar do tempo ela se apaixona por ele. Sem saber que é um vampiro.
Os dois se aproximam após Edward salvar a vida da garota. Uma das motivações iniciais do garoto para essa aproximação é a de tentar entender o porquê de, mesmo possuindo o poder de ler mentes, não conseguir isso com Bella. A mente da garota é simplesmente inacessível a ele.

Ao decorrer do livro os dois iniciam um relacionamento repleto de empecilhos, sendo o maior deles o fato de Bella ser uma humana e Edward um vampiro – e não é o único na cidade. Eles vivem uma típica história de amor proibido e isso fica muito claro diante de todos os avisos que o vampiro faz a garota durante todo o livro: Sou um risco para você.

Diante da fragilidade humana de Bella, Edward assume um papel de protecionismo quase que obsessivo pela garota. Ele parece ser capaz de qualquer coisa para protegê-la. Além do romance característico, a história ainda possuí uma boa dose de mistério acerca dos clãs.


Minuto de reflexão

Relembrando um pouco da história podemos notar que Edward é o tipo de namorado protetor e disposto a tudo – sim, tudo- por Bella, o que em Crepúsculo fazia muitas pessoas suspirarem. Em “Sol da meia-noite” nós finalmente conseguiremos entender com maior clareza tudo o que ele sente e pensa, o que na história contada sob o ponto de vista de Bella parecia difícil, levando em conta toda a dose de mistério presente na descrição. Agora, depois de muitos anos e mudanças em nossos pensamentos, só nos resta esperar até 4 de agosto e ver o que essa história de amor repleta de suspense e intensidade, agora sob o ponto de vista de Edward, nos trará mais suspiros ou novas dúvidas.

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Se você caiu de paraquedas aqui e não faz a mínima ideia do que está acontecendo, queremos dizer uma coisa: estamos no ar! Isso mesmo que você leu, o Deus me Frida já está no ar!

Somos 7 mulheres estudantes de jornalismo que resolveram compartilhar seus aprendizados buscando ser acessíveis a todos e visando sempre a representatividade feminina. Queremos ouvir outras mulheres, conhecer outras realidades e por meio do jornalismo, contar histórias.

Quem somos? Uma blogueira alternativa, uma entusiasta dos games, duas vibrantes do esporte, uma fissurada em investigação, a apaixonada por pets mais determinada que deve existir e uma mulher super antenada nas atualidades. Com esse mix de personalidades encontramos um ponto em comum: a vontade de fazer a diferença e contar histórias.

Queremos trazer de um jeitinho bem legal, conteúdos que abracem todxs vocês. Nosso foco é sobre "o feminino no espaço sociocultural, esportivo e político". Buscaremos abordar de uma forma diversa, ouvindo as pessoas, usando referências e fazendo tudo nos conformes pra dar certo. Queremos transmitir informações de uma maneira mais justa e objetiva  e contamos sempre com a sua colaboração para que o Deus me Frida seja de todxs nós!

Se fôssemos escolher uma bandeira pra representar o Deus me Frida, com certeza ela levaria o símbolo da igualdade. Pra nós, pra vocês e pra todxs! O direito de ser, viver e escolher. Afinal, o nosso próprio nome explica essa ideia: não apenas "Deus me livre", mas "Deus me Frida". Além de livres, estamos libertas, vivas e fazendo história.

Vem com a gente! Qual a sua narrativa?


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Somos 7 mulheres estudantes de jornalismo que resolveram compartilhar seus aprendizados & ouvir diferentes narrativas. Você pode conferir um pouco mais sobre nós aqui.


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cultura esporte mulher podcast série sobre sociedade

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